quinta-feira, 23 de junho de 2011

FILME “A RIA, A ÁGUA, O HOMEM…” PREMIADO NO BRASIL


“A Ria, a Água, o Homem…” do cineasta Manuel Matos Barbosa, produzido pelo Cine-Clube de Avanca e Filmógrafo, foi distinguido com o Troféu de Prata para Animação no “Tour Film Brazil – International Festival” na cidade brasileira de Florianopolis.

“A Ria, a Água, o Homem…” que teve a sua estreia no Festival AVANCA’10 e foi exibido no encerramento do CINANIMA 2010, tinha anteriormente sido distinguido com o Prémio Documentário no Festival de Arouca e com a Menção Honrosa Documentário no Festival de Curtas-metragens PORTO 7.

O festival “Tour Film Brazil” decorreu no Estado de Santa Catarina, prolongando-se em exibições em várias cidades do Brasil, numa organização patrocinada fundamentalmente pelo Ministério da Cultura do Governo Federal do Brasil e pelo Funturismo.

Sendo um filme de curta-metragem em desenho animado, “A Ria, a Água, o Homem”, é uma obra poética documental que explora a paisagem e as gentes da Ria de Aveiro, com os textos de Raul Brandão, lidos magistralmente pelo actor Joaquim de Almeida.

Matos Barbosa é autor de todos os desenhos que estão na origem do filme.
Nascido em Oliveira de Azeméis em 1935, encontrou no desenho e no cinema, a sua forma de expressão por excelência. Dirigente do cineclube local, assinou alguns dos filmes do cinema amador português mais premiados internacionalmente. Do documentário à animação, os seus filmes têm uma forte componente inspiradora da paisagem, das histórias e das gentes da Beira Litoral.

Com uma filmografia de 18 filmes, estas obras foram várias vezes premiadas e exibidas em festivais de Portugal, Alemanha, Andorra, Angola, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Itália, Rodésia, Suíça e Moçambique.
O cineasta foi em 2010 homenageado no Museu da Cidade de Aveiro, em cerimónia promovida pela Câmara Municipal de Aveiro e em Oliveira de Azeméis pelo Museu Regional da cidade.

“A Ria, a Água, o Homem”, marca o retomar da actividade de Matos Barbosa no cinema de animação. O filme foi produzido com o apoio do ICA / Ministério da Cultura e RTP – Rádio e Televisão Portuguesa, entre outras entidades.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

LUÍS FILIPE ROCHA NO FESTIVAL DE CINEMA “AVANCA 2011”


O cineasta Luís Filipe Rocha, que ultima a preparação de um novo filme, irá orientar um dos workshops internacionais do “AVANCA 2011 – Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia”.

Luís Filipe Rocha irá orientar “A direcção de actores em cinema”, um espaço de trabalho destinado a realizadores e actores bem como aos futuros profissionais destas áreas do cinema.

Na ocasião, será exibido a longa-metragem “A Outra Margem”, um dos filmes portugueses onde os actores foram mais premiados internacionalmente. Filipe Duarte e Tomás de Almeida repartiram o Prémio de melhor Actor no “Festival des Films du Monde de Montreal 2007” e Maria d'Aires o Prémio de Melhor Actriz no Festival de Guadalajara. Os actores foram ainda premiados no Festival de Bilbao.

Cineasta com um percurso iniciado no teatro como actor, dramaturgista, foi em 1975 assistente de realização do cineasta alemão Peter Lilienthal no filme “Reina a Tranquilidade em Todo o País”.
Licenciado em direito, é autor de 10 longas-metragens, que marcaram fortemente o nosso cinema.
"Barronhos, Quem teve Medo do Poder Popular?"(1977), foi a sua primeira longa-metragem, seguindo-se o surpreendente "A Fuga" exibido no Festival da Figueira da Foz.
Em 1980 "Cerromaior" integra a Selecção Oficial do Festival de Cannes 1981 e é Grande Prémio da Figueira da Foz e Huelva (Espanha).
Em 1984 filma "Sinais de Vida" e em 1993 "Amor e Dedinhos de Pé" em Macau e exibe-o no Festival de Berlim. "Sinais de Fogo"(1995) estreia no Festival de Montreal (Canadá) e é Premiado em França.
"Adeus Pai" (1996), é premiado em Moscovo, na Ìndia, Bélgica e França. "Camarate" (2000) é seleccionado para as nomeações ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. "A Passagem da Noite" é premiado na Grécia, Espanha e França. "A Outra Margem" (2007) foi premiado nos festivais de Montreal (Canadá), Guadalajara, Bilbao e Valladolid.
Adaptou a argumento de televisão o romance de Álvaro Cunhal "Até Amanhã, Camaradas".
Adriano luz, Ana Bustorff, Carlos Paulo, Diogo Infante, Filipe Duarte, Filipe Ferrer, João Lagarto, Joaquim d'Almeida, José Viana, José Wallenstein, Laura Soveral, Leonor Seixas, Luís Miguel Cintra, Maria d'Aires, Maria do Céu Guerra, Maria Rueff, Rogério Samora, Rui Furtado, Ruth Gabriel, São José Lapa, Virgílio Castelo, mas também Ana Torrent e Jean Pierre Cassel, foram alguns dos actores que dirigiu.

O AVANCA 2011 comemora este ano a sua 15ª edição, inicia-se a 15 e a competição internacional e workshops decorrem entre 20 e 24 de Julho. Reúne anualmente uma larga participação de filmes e personalidades do audiovisual e do cinema internacional, caracterizando-se por aglutinar um conjunto de espaços de formação, trabalho e experimentação prática, considerados únicos na Europa.
Em 2010, personalidades e profissionais de 33 países dos 5 continentes passaram pelo AVANCA, além de terem sido exibidas várias obras em estreia nacional e ter sido o festival de cinema em Portugal com a maior percentagem de filmes em estreia mundial.

O AVANCA 2011 é uma organização do Cine-Clube de Avanca e Câmara Municipal de Estarreja com o apoio do ICA / Ministério da Cultura, Instituto Português da Juventude, Região de Turismo do Centro, DeCA / Universidade de Aveiro, ESAP, ESAD/Matosinhos, Junta de Freguesia, Agrupamento de Escolas e Paróquia de Avanca, para além de várias entidades locais.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

FILME “CONTO DO VENTO” NOS CINEMAS EM FRANÇA E PREMIADO NO “PORTO 7”


O filme de animação “Conto do Vento” de Cláudio Jordão e Nelson Martins, produzido pelo Cine-Clube de Avanca, Filmógrafo e Kotostudios, acaba de ser adquirido em Annecy para exibição nas salas de cinema em França.

Este filme, ganhou também este fim-de-semana, o Prémio Animação no “Porto 7 – Festival de Curtas-metragens do Porto”, distinção atribuída por um júri internacional constituído pelo cineasta Tanel Toom (nomeado este ano para o Oscar da Curta-metragem), o cineasta brasileiro Igor Spacek e Edson Beleza do Festival de Cinema de Atibaia no Brasil.

Seleccionado para a competição oficial do Festival de Cinema de Animação de Annecy, “Conto do Vento” esteve igualmente em destaque no “MIFA – Marché Internacional du film d'Animation” que anualmente acompanha e complementa o festival desta cidade francesa.

O Cine-Clube de Avanca e a Filmógrafo, com stand próprio no mercado, promoveu não só este filme como as mais recentes séries de animação produzidas em Avanca, nomeadamente “Vamos Cantar” de Vitor Lopes e Carlos Cruz e “Brincarolas” de Graça Gomes, dando ainda visibilidade à extensa lista de filmes portugueses de animação produzidos em Avanca.

“Conto do Vento” irá estrear nas salas de cinema francesas como complemento a filme de longa-metragem, num circuito de cinema comercial de qualidade, que em França tem o nome de “salas de arte e ensaio”. Em França a lei do cinema obriga os exibidores a passar uma curta-metragem antes de uma longa, pelo menos numa das sessões cinematográficas do dia, o que tem permitido à França um forte desenvolvimento na sua produção mas também a possibilidade de exibir os melhores filmes de curta-metragem produzidos em todo o mundo.

Tendo estreado no Festival de Cinema AVANCA 2010, “Conto do Vento” foi Prémio Revelação no “Caminhos do cinema português” e seleccionado, entre outros, para a competição internacional do Festival de Montevideo (Uruguai) e do “European Independent Film Festival - ECU 2011” em Paris.

O filme, produzido numa surpreendente animação 3D, passa-se numa aldeia portuguesa do interior norte e inspira-se livremente no legado popular das figuras de um certo artesanato nacional.

A história do filme fala-nos de Salva, uma menina feliz, com uma relação muito especial com a natureza, que vive na floresta do outro lado do rio, com a sua mãe Ábia.

Mas um dia, os homens e as mulheres da aldeia acusam a sua mãe de bruxaria. Salva, impotente, assiste à queima de sua mãe por entre a esteria popular.

Anos mais tarde, o medo que os aldeões tinham à sua mãe é o mesmo que os move contra ela.

Entretanto, no Festival e no MIFA de Annecy, concretizaram-se vários convites para a exibição deste filme em festivais de Europa e da Coreia do Sul.

Também os filmes “Um Gato Sem Nome” de Carlos Cruz e “O Relógio de Tomás” de Cláudio Sá, ambos produzidos em Avanca, foram convidados para vários festivais.

“Conto do Vento” foi produzido com o apoio do ICA/Ministério da Cultura e da RTP.