terça-feira, 21 de abril de 2015

CINEMA DOLCE VITA DE OVAR COMEMORA UM ANO DE CINEMA

Na próxima sexta-feira dia 24 de Abril, o Cinema Dolce Vita de Ovar celebra o 1º aniversário da sua reabertura. Este será um dia de portas abertas para celebrar o cinema na cidade de Ovar.
A parceria da Filmógrafo e do Dolce Vita de Ovar fez com que o cinema regressa-se à cidade de Ovar. Desde que reabriu, já foram exibidos 94 filmes, oferecendo uma programação pautada por filmes de todo o mundo e na sua maioria distinguidos nos principais certames mundiais.
Neste ano, para além da programação de filmes, também aconteceram tertúlias e conversas com realizadores e autores diversos sobre cinema, fotografia e poesia, moderadas pela programadora Rita Capucho.
Num dia em que o cinema vai ser gratuito, o público poderá assistir a 3 filmes que foram exibidos neste primeiro ano de exibição, sendo que dois deles são filmes produzidos na região de Aveiro.
Pelas 16h será exibido o filme “Pecado Fatal” de Luís Diogo que tendo sido o filme de reabertura da sala, veio a tornar-se o filme mais distinguido do cinema português de 2014 com 9 prémios em 8 países, para além das 3 nomeações aos prémios Sophia.
Pelas 18h30 assistir-se-á a “Famel Top Secret” uma saga divertida e com identidade regional que encheu o MEO Arena em setembro último. Um filme destinado sobretudo aos amantes das velhas motorizadas portuguesas, tem no elenco um leque bem conhecido de atores portugueses.
Pelas 21h30 será exibido o filme “Rio, eu te amo” que reúne dez curtas de dez diretores brasileiros e internacionais. Cada uma das histórias revela um bairro e uma característica marcante da cidade maravilhosa. Um filme que celebra o cinema como arte colectiva, que se constrói em equipa e que cada vez mais necessita das salas cheias de público para celebrar a 7ª Arte.

Dia 24 será a festa do cinema em Ovar, numa parceria que envolve apoios locais e é promovida pelo Dolce Vita de Ovar e a Filmógrafo.

sábado, 18 de abril de 2015

DESAPARECIMENTO DO PROFESSOR MARIANO GAGO FAZ REVER A SUA PASSAGEM PELO CINE-CLUBE DE AVANCA

Unanimemente considerado como o pai da nova investigação científica portuguesa e o grande impulsionador de um novo paradigma de ciência no nosso país, o Professor Doutor Mariano Gago acaba de nos deixar.

Entre a memória, o Cine-Clube de Avanca volta vários anos atrás e relembra a sua passagem pela sede da associação em Avanca.
Foi em 1997, o Professor era na altura Ministro da Ciência e Tecnologia e numa visita à Casa Museu Egas Moniz aceitou o convite do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Estarreja da altura, Dr. Vladimiro Silva e visitou o Cine-Clube de Avanca.

Da memória dessa visita relembramos as palavras do Ministro Mariano Gago, numa notícia publicada pelo “Diário de Leiria” de 28 de outubro desse ano, onde se lê que o Ministro ficou bastante impressionado com as modestas instalações “onde funciona o conhecidíssimo Cine-Clube de Avanca, para além de não ser todos os dias que se encontra uma associação cultural, constituída por voluntários e que tem uma obra própria no âmbito do filme de animação”.

Na sequência dessa visita, cumprindo a promessa que o Professor Mariano Gago nesse dia ali fez, o Cine-Clube de Avanca passou pouco depois a integrar a rede nacional que ligou associações, escolas e bibliotecas de todo o país. Foi o início da utilização das novas tecnologias que muito ajudaram a que hoje o Cine-Clube tenha um espólio de centenas de filmes produzidos e exibidos, distinções em países dos cinco continentes, um festival de cinema congregador da produção cinematográfica mundial e encontro único de debate e formação de gerações de cineastas.
Entretanto, 18 anos depois, o Cine-Clube de Avanca continua a funcionar nas mesmas “modestas instalações” visitadas na manhã de outubro de 1997, embora continue a ter há 20 anos uma nova sede em construção e a estar permanentemente à procura de apoios para a sua urgente conclusão.

Numa semana marcada por este inesperado fechar de um ciclo, o Cine-Clube de Avanca expressa um profundo agradecimento a um português de exceção que no século passado nos emprestou a sua amizade, apoio e nos integrou no seu comboio único de transformação da ciência e cultura do nosso país.


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Festa do Cinema em Ovar – Uma conversa sobre Federico Fellini com Anabela Oliveira

No mês de Abril no cinema Dolce de Vita de Ovar faz-se a Festa do Cinema. A Sala, que no próximo dia 24 de Abril celebra um ano desde a sua reabertura, oferece uma programação variada para todos os gostos e públicos.

No dia 17 de Abril, pelas 15h regressam as conversas com os convidados especiais que transformam a sala num espaço de debate e partilha. Em Abril a conversa será com Anabela Dinis Branco Oliveira, professora auxiliar na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e investigadora no Labcom. Doutorada em Literatura Comparada, orienta a sua investigação científica no âmbito dos estudos interartes, nomeadamente nas relações entre literatura e cinema. É autora do livro “Entre Vozes e Imagens – a presença das imagens cinematográficas nas múltiplas vozes do romance português (anos 70-90)”. Leciona vários seminários no âmbito da análise do discurso fílmico e das relações dialógicas entre o cinema e outras artes. Autora do curso “Cinema: Alquimia das Artes” na Fundação de Serralves (Porto,2009). Teve participações em júris e workshops em festivais e mostras de escolas de cinema. Nos últimos tempos a investigadora tem-se dedicado à obra de Federico Fellini.

Após a conversa o público poderá assistir ao filme “Que Estranho chamar-se Federico”, de Ettore Scola, uma homenagem e um retrato de Federico Fellini pelo realizador e amigo no vigésimo aniversário da morte do grande cineasta.

O Cinema Dolce Vita de Ovar é o organizador do evento, em parceria com o Dolce Vita de Ovar e conta com apoios locais.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

FILME “FOI O FIO” PREMIADO NA ALEMANHA

O filme de animação “Foi o Fio” de Patrícia Figueiredo, produzido pela Filmógrafo e Cine-Clube de Avanca acaba de ser distinguido com o segundo prémio do “3º International Monstronale Festival”.
Este evento, que este ano elegeu “Paixões” como temática, decorreu até este domingo na cidade alemã de Halle, sede do estado “Saxony-Anhalt” e no centro nevrálgico da chamada “Região Metropolitana Central Alemã” (Metropolregion Mitteldeutschland).

A história de “Foi o Fio” envolve 3 mulheres.
Uma mulher novelo, uma velha mulher que passa os dias a olhar pela janela e uma vendedora de roupa caída dos estendais, estão unidas por um fio. As três conduzem as ações de outras personagens e o inevitável destino de uma mulher com o marido às costas.

Sobre esta obra, o júri declarou ser "Uma bela prova de linearidade, mesmo num (não) enredo aparente".

Sendo a obra de estreia de Patrícia Figueiredo, este filme foi já exibido em 31 festivais, em Portugal mas também na Alemanha, Áustria, Bulgária, Canadá, Chile, Croácia, Espanha, França, Hungria, Índia, Marrocos, Rússia e Turquia. Este é o quinto prémio atribuído ao filme.

Patrícia Figueiredo nasceu em 1985 e licenciou-se em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, tendo concluído o curso em Cracóvia (Polónia), onde frequentou o atelier de Cinema de Animação na AkademiaSztukPięknych w Krakowie. Finaliza atualmente o Mestrado em Ilustração e Animação no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave. O seu trabalho divide-se entre a animação e a ilustração, onde participa em vários livros infantis.

Com música do compositor Joaquim Pavão e produção de António Costa Valente, a Patrícia teve a companhia na animação da Raquel Felgueiras, Íria Cabaleiro, Rodrigo Barata e da equipa constituída por António Osório, António Fonseca, Bruno Correia, Carla Tavares, Daniela Couto, João Ferreira, Maria Rebelo, Ricardo Silva, Sérgio Reis e Vânia Clara. Na produção, Eunice Castro e Rita Capucho assistiram Júlia Rocha e Álvaro Marques. Finalmente, Patrícia Figueiredo e Raquel Felgueiras montaram o filme.

“Foi o Fio” foi realizado no estúdio de cinema de animação do Cine-Clube de Avanca, com produção Filmógrafo, participação do MIA do IPCA-Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e apoio financeiro do ICA da Secretaria de Estado da Cultura, com co-financiamento da RTP, Radiotelevisão Portuguesa.